O Passaporte Europeu de Produtos Digitais (PDP) faz parte dos esforços mais amplos da União Europeia para promover a sustentabilidade e avançar os objetivos do Green Deal Europeu. No âmbito do Regulamento Conceção Ecológica para Produtos Sustentáveis (ESPR), o objetivo é ajudar a alcançar uma redução de 55% nas emissões de CO₂ até ao ano 2030, em comparação com os níveis registados em 1990. Além disso, o objetivo global é que a Europa tornar-se o primeiro continente climaticamente neutro do mundo até 2050.
A introdução dos passaportes digitais para produtos regulamentados é comparável ao sistema existente para os requisitos de eficiência energética, representado pela conhecida etiqueta energética da UE, que tem proporcionado melhorias significativas ao longo de mais de uma década. A Comissão alerta que esses passaportes digitais serão aplicados a todos os produtos regulamentados, fornecendo informações que podem ser apresentadas no rótulo, incluindo “classes de desempenho” de “A a G”, simplificando a comparação entre produtos.

Mais poder na mão dos Consumidores e Responsabilidade Corporativa
A sustentabilidade, no contexto do PDP, transcende a simples mitigação de impactos ambientais negativos; ela traz mais poder de escolha para o consumidor e responsabilidade corporativa. Consumidores com informações mais detalhadas sobre os produtos que adquirem são capazes de influenciar o mercado, optando por produtos que não só atendem a suas necessidades e expectativas de qualidade, mas que também se alinham com valores ambientais. Paralelamente, empresas que adotam o PDP demonstram um compromisso genuíno com a sustentabilidade, o que pode fortalecer a sua reputação e competitividade no mercado.